Por Caroline Alves
28/09/2025
A Festa Literomusical (Flim), prevista para 19 a 21 de setembro em São José dos Campos-SP, foi adiada após a polêmica que envolveu o veto à participação da jornalista e escritora Milly Lacombe. Em resposta, leitores e artistas criaram o movimento “Ocupa Flim” e organizaram uma programação paralela que reuniu cerca de 200 pessoas em defesa da liberdade de expressão.
A controvérsia começou quando viralizou um corte de vídeo em que Milly Lacombe critica o conceito de família tradicional durante entrevista a um podcast. A fala foi retirada de contexto, segundo a própria jornalista, que afirmou em vídeo que sua declaração foi manipulada. O veto à sua participação partiu do prefeito Anderson Farias (PSD), e a repercussão levou curadores e convidados a desistirem de comparecer, o que resultou no adiamento da Flim.
Como reação, escritores, leitores e simpatizantes da cultura se organizaram e criaram o movimento “Ocupa Flim” e a feira “Livro Livre”. Nos dias em que a festa aconteceria, cerca de 200 pessoas se reuniram em rodas de conversa, saraus, leituras coletivas e apresentações musicais. O ponto de encontro inicial foi o Parque Vicentina Aranha, local originalmente reservado para a Flim, mas as atividades se espalharam também para livrarias da região.
Durante o “Ocupa Flim”, os participantes aproveitaram para trocar experiências culturais e manifestar apoio a Milly Lacombe. A programação contou com mesas literárias, cantorias, contação de histórias, rodas de poesia e performances artísticas. Além disso, muitos exibiram camisetas e cartazes com a frase #FlimSemCensura, como crítica à decisão da prefeitura e reforço à defesa da liberdade de criação artística.
Após o episódio, a festa literária enfrenta uma crise de imagem e, segundo a prefeitura, uma nova data para a Flim deve ser anunciada em breve.
Fonte
