Por Caroline Alves
18/09/2025
A Casa do Escritor José Lins do Rego, localizada no Engenho Corredor em Pilar (PB), foi oficialmente tombada como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em decisão unânime tomada na 110ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, em Brasília na última terça-feira, dia 16/09/2025.
A casa do escritor é uma das partes que compõe o Conjunto Arquitetônico Engenho Corredor em Pilar, na Paraíba. O conjunto é distribuído em quatro divisões: a casa sede (atualmente recuperada), a casa de purgar, a casa de engenho (destruída) e a zenzala (que foi também recuperada).
O tombamento inclui também a área ao redor do engenho, que engloba parte do campo do Rio Paraíba, assim como antigas rotas de transporte fluvial e ferroviário vinculadas à história local. Como informado durante o processo de tombamentoo, o objetivo, ao incluir o rio no conjunto, é determinar uma fronteira visível e essa froteira é área que se encontra em volta do Rio Paraná.
E segundo o informativo do G1: "O tombamento será registrado no Livro de Tombos Históricos e no Livro de Tombos de Belas Artes."
Engenho Corredor
O Engenho Corredor não carrega apenas o nome do local onde nasceu o escritor, mas é também um cenário que inspirou diversas obras de José Lins do Rego, como "Menino de Engeho" e "Fogo Morto", onde o autor registrava em forma de literatura, o que observava durante a vida no Engenho e que retratava as complicações e costumes da vida das famílias inseridas no contexto do engenho açucareiro.
O conjunto arquitetônico Engenho Corredor, onstruído no século XIX, foi uma grande fábrica de produção de açucar, hoje considerado de grande importância por manter e relembrar a história do ciclo de extração da cana-de-açucar na região do Nordeste.
Após o tombamento, o Engenho se tornou um museu, podendo receber visitas guiadas, mantendo a memória dos escritos literários de José Lins e preservando a história, do local, vivida naquela época.
José Lins do Rego
José Lins do Rego foi um escritor literário paraibano, nascido em 1901, em Pilar-PB. Ele, ao escrever sobre a vida que observava acontecer no engenho nordestino, na rotina da extração e produção de açúcar, se tornou um dos mais relevantes escritores na literatura no Brasil.
O escritor morreu aos 56 anos (por causas não especificadas), na cidade do Rio de Janeiro. Dois anos após tomar posse da cadeira 25 da Academia Brasileira de Letras.
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