Por Caroline Alves
19/09/2025
A 40° Feira do Livro de Canoas (Rio Grande do Sul), prevista para acontecer de 1º a 10 de outubro de 2025, foi acusada de cometer censura contra a escritora e ilustradora de livros infantis Paula Taitelbaum após cancelar a participação da autora na atual edição do evento.
A autora acredita e afirma ter sido censurada por uma polêmica envolvendo seu esposo, o historiador Eduardo Bueno (popularmente conhecido como "Peninha"), que fez uma postagem em suas redes sociais ironizando a morte de Charlie Kirk - ativista político americano, conservador e trumpista, que foi baleado e morto durante um evento na Utah Valley University.
Paula Taitelbaum é natural de Porto Alegre - RS, a autora construiu uma carreira de escrita e ilustrações criativas de livros infantojuvenis, com produções que exploram desde a poesia, como literatura infantil, até designers gráficos, passando por temas cotidianos e explorando memórias e sentimentos por meio de colagens e desenhos. A autora trabalha também como diretora de criação no ramo editorial e publicitário.
Argumentos sobre o cancelamento
Em nota, a Prefeitura de Canoas (organizadora do evento), inicialmente, argumentou ter sido a falta de patrocínio para custeio da presença o motivo real do cancelamento. Após este esclarecimento, a escritora ofereceu-se a participar do evento sem receber remuneração e afirma não ter recebido resposta dos organizadores.
Após as acusações de Paula, a Prefeitura veio a público, através de nota oficial, negar qualquer relação entre o cancelamento da participação da autora no evento e o caso envolvendo o esposo - Eduardo Bueno. Alegando que a exclusão se deu devido a questões burocráticas, como a falta de apresentação de documentos em prazo ou cumprimento de exigências administrativas.
Pronunciamento de Paula Taitelbaum
Após a última nota da prefeitura, Paula contesta os argumentos apresentados, questionando as repostas contraditórias a organização, que primeiro informaram ter sido o motivo, a falta de patrocínio e depois trocarem o argumento, dizendo ser por falta de envio da documentação dentro dos prazos. Paula acusa, ainda, a decisão dos organizadores como "covarde, injusta, descabida e hipócrita".
Paula informou ainda, que, além de ter se ferecido a participar do evento sem nenhum tipo de cobrança, também entrou em contato com a organização questionando sobre quais documentos estariam faltando, já que haviam confirmado estar tudo certo, e como na primeira pergunta, também não obteve respostas à segunda.
A autora destaca que é diferente do marido e que sua identidade profissional deveria ser independente das opiniões dele. O episódio gerou debate sobre liberdade de expressão em eventos culturais, com críticas de que o evento literário, que deveria ser abtrangente, esteja sujeito a pressões políticas.
Fonte