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Machado de Assis (1839–1908), um dos maiores nomes da literatura brasileira, publicou Antes da rocha Tarpéia em 1887, na Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro. No conto, o autor contrapõe o medo e o tédio, explorando o limite entre sonho e realidade para ironizar o pedantismo e o vazio dos discursos humanos, com seu humor sutil e olhar psicológico característicos.
A Carta, escrita por Pero Vaz de Caminha em 1º de maio de 1500, registra as primeiras impressões da chegada portuguesa ao Brasil. Descreve a terra, os povos indígenas e o impacto do encontro entre culturas. Leitura breve e vívida, convida a descobrir o início da história colonial sob o olhar de quem a testemunhou.
O texto "A Semana" pertence à célebre coluna de crônicas de Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908), publicada na recém-proclamada República. O tema é um painel irônico e cético do cotidiano, mesclando política (Centenário de Tiradentes, eleições), economia (debêntures), e costumes sociais, tudo temperado pela inconfundível sutileza e "humor definitivo" do autor. Um convite à leitura da história e da alma brasileira pelos olhos de um mestre.
"Capítulo dos Chapéus" é um conto satírico de Machado de Assis (1839-1908) que dissecou as relações conjugais e a submissão feminina no século XIX. Publicado originalmente em 1883, na Gazeta de Notícias (Rio de Janeiro), o texto aborda o insólito conflito entre o bacharel Conrado e sua esposa Mariana por causa de um chapéu, transformando a peça de vestuário em metáfora para o despotismo doméstico e a busca feminina por independência. Com ironia ferina, o conto expõe a "metafísica do chapéu" de Conrado e o breve voo de rebeldia de Mariana.
"Aurora sem Dia" é um conto de Machado de Assis (1839-1908), publicado originalmente no Jornal das Famílias no Rio de Janeiro, entre novembro e dezembro de 1870. Posteriormente, foi reunido na coletânea Histórias da Meia-Noite (1873). O conto narra, com fina ironia, a trajetória de Luís Tinoco, um jovem e modesto empregado do foro que se convence de seu gênio poético e literário, enfrentando a descrença de seu padrinho e do Dr. Lemos. O tema é a sátira do romantismo ingênuo e do diletantismo literário da época, e a crítica à ilusão das "auroras" de glória que nunca chegam a se concretizar.
"As Bodas de Luís Duarte" é um conto de Machado de Assis (1839-1908), que integra a coletânea Histórias da Meia-Noite (1873). Publicado originalmente em folhetins no Jornal das Famílias, no Rio de Janeiro, entre junho e julho de 1873, o texto narra com ironia e agudeza de observação a celebração de um casamento na sociedade carioca do século XIX. O tema central é a sátira dos costumes burgueses, focando nas vaidades dos convidados, nas formalidades vazias e na retórica grandiloquente e artificial que permeiam os eventos sociais.
"Cantiga de Esponsais" é um conto do mestre Machado de Assis (1839-1908), publicado originalmente no periódico A Estação, no Rio de Janeiro, em 15 de maio de 1883. Posteriormente, integrou a coletânea Histórias Sem Data (1884). O texto aborda o tema do gênio não realizado e o drama íntimo do Mestre Romão, um músico de 60 anos no Rio de Janeiro de 1813, cuja vocação para compor é sufocada pela incapacidade de traduzir suas harmonias internas em partitura. É uma pungente reflexão sobre a frustração artística e a efemeridade da vida.
"As Academias de Sião" é um conto satírico de Machado de Assis (1839-1908). Publicado originalmente na Gazeta de Notícias, no Rio de Janeiro, em 6 de junho de 1884, o texto utiliza a alegoria de um reino asiático e o mito da troca de almas para satirizar o ambiente intelectual das academias, a vaidade e a futilidade dos debates pseudocientíficos, a política e a natureza humana. O conto questiona, ironicamente, a essência do ser e as contradições entre a inteligência coletiva e individual.
"Anedota do Cabriolet" é um conto do mestre realista Machado de Assis (1839-1908), publicado originalmente no Almanaque Brasileiro Garnier em 1905, no Rio de Janeiro. A narrativa, com um tom irônico e melancólico, é desencadeada pela curiosidade do sacristão João das Mercês em desvendar o segredo por trás da morte de dois moribundos. O tema central é o poder do destino e do impedimento social (incesto velado) sobre a felicidade humana, com a reflexão sobre a vaidade da curiosidade e a natureza da "anedota".
"Almas agradecidas" é um conto de Machado de Assis (1839-1908), publicado originalmente no Jornal das Famílias em 1871 (março e abril), no Rio de Janeiro. O enredo, da fase inicial do autor, centra-se na amizade entre Oliveira, ingênuo e generoso, e Magalhães, astuto e calculista, que se aproveita da bondade do amigo para ascender profissionalmente e conquistar a mulher que ele amava. O texto aborda o tema da falsidade nas relações sociais, da ingratidão e da oposição entre a virtude desinteressada e o interesse prático.