Por Sthefany Vogado
20/11/2025
Em contraponto à queda no número de leitores no Brasil, clubes de leitura no Distrito Federal se multiplicam, mostrando que a experiência coletiva pode reacender o interesse pelos livros, criar redes de apoio e consolidar amizades.
A colaboração com as embaixadas
O Entrelaçando Letras e Culturas nasceu em 2024 da ideia de unir a discussão de livros à apresentação da cultura de seu país de origem, com apoio de embaixadas. O coordenador Gustavo Cordeiro afirma que a troca de opiniões elimina a sensação de solidão da leitura. O projeto, que também virou extensão na UnB, já teve 1.500 inscrições e discutirá "Cem Anos de Solidão" em seu próximo encontro.
O foco na produção feminina
O Lendo Mulheres Brasília foi criado em 2016 para suprir a falta de autoras nas listas de leitura. A mediadora Renata Sanches vê o clube como um espaço de sororidade e autocuidado. Ela relata que a média de livros lidos por ano por alguns participantes saltou de 2-4 para cerca de 20 após ingressarem no grupo, que também consolidou grandes amizades ao longo de quase nove anos.
A identificação entre mulheres
O Clube do Livr(ar) foi criado pela escritora Tati Sabadini para conectar mulheres através de livros escritos por mulheres. "Quando nós, mulheres, lemos, a gente se vê naquela história", ressalta Tati, que descreve os encontros como uma "grande sessão de terapia". O clube também atua formando novos leitores, ao oferecer um compromisso e um prazo que facilitam a criação do hábito da leitura..
Fonte