Por Ronaldo Martins
13/11/2025
O Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, abre em 15 de novembro de 2025 a exposição FUNK: Um grito de ousadia e liberdade, que reúne 473 obras entre pinturas, fotos, vídeos e registros audiovisuais para apresentar o funk como fenômeno artístico, social e linguístico. A mostra segue em cartaz até agosto de 2026.
A exposição marca a chegada, a São Paulo, de uma versão ampliada da mostra originalmente exibida no Museu de Arte do Rio (MAR). A curadoria destaca não apenas a trajetória nacional do gênero, mas também inclui conteúdos inéditos voltados ao funk paulista, como o acervo da produtora FUNK TV, sediada em Cidade Tiradentes.
O percurso expositivo conta com a curadoria de Taísa Machado, Dom Filó, Amanda Bonan, Marcelo Campos e Renata Prado. Os responsáveis organizaram as 473 peças em diferentes núcleos temáticos que abordam história, estética, linguagem, visualidades e práticas culturais associadas ao funk.
Obras de artistas como Panmela Castro, Rafa Bqueer, Marcela Cantuária, Maxwell Alexandre, Rafa Black, Brenda Nicole, Tiago Furtado e Markus CZA compõem a mostra, explorando desde as raízes dos bailes black até expressões contemporâneas que integram música, dança e presença periférica no espaço urbano.
A programação conta com vídeos, instalações, fotografias e pinturas que evidenciam tanto a difusão do gênero quanto sua influência cultural e linguística. O museu destaca, entre outros aspectos, como o funk produz modos de falar e construir sentidos que se espalharam pelo país.
A visitação ocorre de terça a domingo, das 9h às 16h30, com permanência permitida até as 18h. Os ingressos custam R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia), com gratuidade aos sábados, domingos e para crianças de até 7 anos.
A realização da exposição envolve parceria entre o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, e o Ministério da Cultura. O projeto conta com patrocínio de diversas empresas e apoio de instituições culturais.
A mostra busca apresentar o funk como expressão artística fundamental para compreender dinâmicas sociais, estéticas e linguísticas do Brasil contemporâneo, reforçando sua importância como manifestação cultural que se renova e ganha novos sentidos ao longo do tempo.
