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#Notícias#Literatura

Stephen King é o autor mais censurado nas escolas dos EUA

Por Sthefany Vogado

07/10/2025

Relatório “Banned in the USA”, da organização PEN America, revela que o autor Stephen King liderou a lista de escritores cujas obras foram mais proibidas em escolas públicas norte-americanas no ano letivo 2024-2025, com 206 instâncias de censura envolvendo 87 de seus títulos. Foram contabilizados ao todo 6.870 casos de remoção ou restrição de livros em 23 estados.

O relatório indica que a maioria das proibições concentraram-se nos estados da Flórida, Texas e Tennessee, responsáveis por cerca de 80% dos casos. Em muitos desses estados, foram aprovadas leis ou existem diretrizes que permitem a remoção de obras consideradas “inapropriadas” para estudantes, especialmente aquelas que contenham conteúdo sexual, representações LGBTQ+, de identidade de gênero ou raça, ou violência.

Além de King, autores como Ellen Hopkins, Sarah J. Maas, Jodi Picoult e Jennifer Niven figuram entre os mais afetados pela censura. O relatório aponta também que muitos livros são removidos como medida preventiva — antes mesmo de haver contestação formal — por medo de repercussão legal, política ou comunitária.

Entre os títulos mais banidos está o clássico distópico Laranja Mecânica, de Anthony Burgess, que lidera esse ranking de obras, com 23 casos de proibição. Outras obras voltadas ao público jovem e infantojuvenil também aparecem frequentemente em listas de censura.

O relatório da PEN America evidencia uma intensificação do fenômeno de proibição de livros em escolas nos EUA, com padrões geográficos bem definidos, fortes impactos sobre autores que tratam de temas controversos e crescente uso de mecanismos legais ou administrativas para justificar as restrições. As alterações recentes nas legislações estaduais e a prática de autocensura preventiva destacam-se como componentes centrais desse cenário.

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