Por Sthefany Vogado
07/10/2025
Idealizado pelo publicitário do Rio de Janeiro Gabriel Gil, o Parna Rappers converteu sonetos do parnasianismo em faixas de rap, unindo inovação tecnológica e herança literária. As produções desse artista digital já são utilizadas em salas de aula por diversos lugares do Brasil.
A ideia surgiu há mais de 15 anos, quando Gabriel quis unir a poesia clássica a ritmos atuais, mas só ganhou força em 2025 graças ao avanço das ferramentas de IA que possibilitam a criação completa dos clipes. Com um total planejado de 50 vídeos, o projeto usa poemas de poetas parnasianos brasileiros — como Olavo Bilac e Vicente de Carvalho — já em domínio público, cuja métrica rigorosa casa bem com o ritmo do rap, facilitando adaptações em músicas curtas ideais para redes sociais.
Além dos parnasianos, o projeto tem gerado pedidos para incluir outros poetas, como Vinicius de Moraes e Manoel Bandeira. Apesar de algumas críticas por usar IA ou por supostamente diminuir espaço para outros artistas, Gabriel acredita que a tecnologia pode ser uma ferramenta positiva dependendo de quem a utiliza. O Parna Rappers mostra que unir tradição e inovação pode renovar o interesse pela poesia clássica, inserindo-a onde menos se espera: nas plataformas digitais e no cotidiano dos jovens.
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