Por Sthefany Vogado
25/09/2025
Com entrada gratuita e em cartaz de 12 de abril a 2 de novembro, a mostra temporária Atlânticos no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, exibe obras de seis artistas de Angola, Brasil e Portugal — países unidos pelo Oceano Atlântico e pela língua portuguesa. A exposição, uma parceria com o Instituto Serrinha, reúne vídeos, esculturas e instalações inéditas dos brasileiros Jonathas de Andrade e Shirley Paes Leme, dos angolanos Gegé M’bakudi e Wyssolela Moreira e dos portugueses Jorge das Neves e Inês Moura.
As obras foram criadas durante uma residência de dez dias no Festival Arte Serrinha, em 2024, e tiveram como inspiração a língua portuguesa nos três países, a exposição "Línguas africanas que fazem o Brasil" (que esteve no museu até fevereiro de 2025) e a Mata Atlântica, presente tanto na Serrinha quanto no Parque Jardim da Luz, em frente ao museu.
Fabio Delduque, idealizador do Festival e curador da mostra, descreveu Atlânticos como uma ágora, um espaço de diálogo aberto para criar conexões entre culturas, produção artística e a língua portuguesa. Esta é a primeira iniciativa de artes visuais a ocupar o Pátio B, espaço de acesso livre direto da rua.
A artista Wyssolela Moreira, que vive entre Luanda e Toronto, apresenta a obra "Quando o Corpo – Terra Lembra", uma série de bandeiras com um alfabeto visual que propõe reflexões sobre a relação com a terra. Para Roberta Saraiva, diretora técnica do museu, as obras exploram identidade e memória e mostram como as artes visuais e a língua portuguesa se unem em novas narrativas.
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