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"Adão e Eva" é um conto de Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908), publicado originalmente na Gazeta de Notícias (Rio de Janeiro), em 1885. O tema central é a subversão irônica do mito bíblico da Criação e da Queda. O conto se estrutura em uma discussão entre convivas, na Bahia do século XVIII, na qual o Juiz-de-fora narra uma versão apócrifa em que Deus corrige a obra do Diabo e, ao final, Adão e Eva resistem à tentação da serpente e são levados ao céu. A obra é uma crítica elegante à moralidade e à fixidez das narrativas.
O conto "A Viúva Sobral" é uma obra de Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908). Publicado em folhetins na revista A Estação (Rio de Janeiro), em 1884, o texto utiliza a ironia para explorar as complexidades das relações amorosas e a contradição humana. A trama narra o apaixonamento de dois amigos pela mesma mulher, D. Candinha Sobral, cuja beleza se contrapõe à fama de ter um "mau gênio" capaz de "matar o marido com desgostos". Uma excelente amostra da perspicácia machadiana sobre a vaidade, a rivalidade e o mistério do desejo.
"A Sereníssima República" é um conto-conferência do escritor brasileiro Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908). Com acentuada ironia e alegoria, o texto aborda a corrupção e as distorções do processo eleitoral, satirizando as práticas políticas da época através da descrição de uma "república" organizada por aranhas, cujo sistema de voto no "saco" remete à República de Veneza e, sutilmente, à realidade brasileira. O conto foi publicado originalmente na Gazeta de Notícias, no Rio de Janeiro, em 20 de agosto de 1882, e posteriormente incluído no livro Papéis Avulsos.
Machado de Assis (1839–1908), um dos maiores nomes da literatura brasileira, publicou Antes que cases em 1875, no Jornal das Famílias, no Rio de Janeiro. O conto reflete, com ironia e sutileza psicológica, as ilusões românticas e os contrastes entre ideal e realidade no amor, temas recorrentes na obra inicial do autor.
"Anedota Pecuniária" é um conto do escritor brasileiro Machado de Assis (1839-1908), publicado originalmente na Gazeta de Notícias (Rio de Janeiro), em 6 de outubro de 1883. A história narra a obsessão do agiota Falcão pelo dinheiro, que o leva a dispor de duas sobrinhas órfãs, Jacinta e Virgínia, para casamentos que lhe trarão lucro ou compensação financeira, trocando o afeto e a paternidade adotiva pelo "erotismo pecuniário". A obra, marcada pela ironia do Realismo, satiriza a ganância e a mercantilização das relações humanas na sociedade burguesa da época.
"A Segunda Vida" é um conto de Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) que narra o encontro insólito entre Monsenhor Caldas e José Maria, um homem que alega ter vivido uma "segunda vida" com toda a experiência e sabedoria da anterior, o que paradoxalmente o impede de viver plenamente e de ser feliz. O conto explora a frustração e o paradoxo da experiência em face da paixão e da espontaneidade.
De Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908), o conto "A Parasita Azul" narra a volta do jovem médico Camilo de Paris a Goiás e sua disputa pelo amor da enigmática Isabel. O tema aborda o contraste entre o cosmopolitismo europeu e o provincianismo brasileiro, a paixão romântica e as ironias do destino. Foi publicado originalmente em folhetins no Rio de Janeiro no Jornal das Famílias, entre junho e setembro de 1872, sob o pseudônimo Job. O conto foi reunido na coletânea Histórias da Meia-Noite (1873).
Machado de Assis (1839-1908) publicou “Na Arca” sob o pseudônimo Eleazar em 14 de maio de 1878, no jornal O Cruzeiro. O conto, escrito em estilo bíblico-paródico, dramatiza o momento em que, após o dilúvio, os filhos de Noé disputam a divisão da terra, revelando tensões morais e políticas latentes.
Machado de Assis (1839-1908) publicou “A Chave” entre dezembro de 1879 e fevereiro de 1880, na revista A Estação, no Rio de Janeiro. O conto traz como tema central um triângulo amoroso ambientado no Flamengo, entre Marcelina, Luís Bastinhos e sua família, mostrando o embate entre paixão, honra e aparência social. É uma narrativa tipicamente machadiana, onde o conflito emocional se conjuga com sutilezas sociais.
"A Vida Eterna" é um conto do mestre da literatura brasileira, Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908). O tema é um sonho surreal e aterrorizante, no qual o narrador, Dr. Camilo, se vê forçado a casar e descobre ser a vítima de uma sociedade secreta de canibais em busca da imortalidade. O conto, com forte tom satírico e de suspense, foi publicado originalmente no Jornal das Famílias em 1870, no Rio de Janeiro, sendo um dos contos da fase romântica do autor.