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Preconceito linguístico no Brasil
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= Resistência e movimentos de valorização = == Movimentos culturais == === Hip-Hop e Rap Nacional === A cultura hip-hop brasileira transformou variedades estigmatizadas em símbolos de resistência e orgulho identitário. *'''Racionais MC's''' — grupo pioneiro que legitimou artisticamente o "português da periferia". O grupo popularizou o uso de gírias como "mano", "irmão", "truta" e "função", além de empregar estruturas sintáticas próprias da fala popular, como "Tá ligado que é isso aí". Também consolidou a prosódia específica do rap paulista. Uma música de destaque é ''Diário de um Detento'' (1997), narrada em primeira pessoa com linguagem autêntica do sistema prisional, que conquistou legitimidade artística internacional. *'''Rap Nordestino''' — representado por diferentes vozes. O grupo ''Faces do Subúrbio'' (Fortaleza) valoriza termos regionais como "rapá", "eita", "massa" e "se aperrear". Já ''Criolo'' (São Paulo), de origem nordestina, mescla português padrão e popular, resgata expressões nordestinas em contexto urbano e discute o preconceito linguístico em suas letras. === Música Popular Brasileira === *'''Luiz Gonzaga''' — pioneiro na valorização da linguagem nordestina. Em "Asa Branca", incluiu termos regionais como "roça" e "mandacaru", legitimou a prosódia nordestina na MPB e influenciou gerações de artistas. *'''Elba Ramalho''' — cantora paraibana que mantém seu sotaque original. Recusa-se a "neutralizar" a pronúncia em gravações, discute o preconceito anti-nordestino em entrevistas e tornou-se símbolo de resistência linguística. *'''Bezerra da Silva''' — no samba carioca, incorporou a linguagem das favelas. Utilizou gírias ligadas ao tráfico, como "alemão", "playboy" e "mauricinho", empregou estruturas sintáticas populares e deu legitimidade artística à variedade periférica. === Literatura periférica e marginal === *Sarau da Cooperifa - Movimento literário da periferia paulista que valoriza a linguagem popular. Seu fundador, '''Sérgio Vaz''', é poeta que utiliza gírias e estruturas populares, como no verso "Literatura, pão e poesia dividindo a mesa". Outro nome importante é '''Ferréz''', escritor do Capão Redondo, que em ''Capão Pecado'' (2000) legitimou a linguagem periférica na literatura, apresentando personagens que falam de modo autêntico, com expressões como "os mano" e "tá ligado". *'''Carolina Maria de Jesus''' é considerada precursora. Seu ''Quarto de Despejo'' (1960), escrito em português popular, foi inicialmente criticado por supostos "erros", mas hoje é reconhecido como documento autêntico da variedade popular. '''Allan da Rosa''', poeta e educador, defende a legitimidade da "língua da quebrada" e desenvolve pedagogias antirracistas e anti-elitistas, usando a literatura como forma de resistência. == Movimentos sociais == *'''Movimento negro''' - A Lei 10.639/2003 incluiu história africana nos currículos, mas a valorização linguística ainda enfrenta resistência. O '''Projeto Baobá''', de Salvador, desenvolve glossários de africanismos, cria histórias que incorporam a linguagem afro-brasileira e forma professores para combater o preconceito linguístico. Já a '''CONAQ''' (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas) luta pela preservação das variedades linguísticas tradicionais, promove a formação de professores quilombolas e pressiona por materiais didáticos culturalmente adequados. *'''Movimento indígena''' - A '''APIB''' (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) defende a educação bilíngue de qualidade, combate a discriminação linguística e pressiona as universidades pela inclusão das línguas indígenas. Um exemplo foi o protesto realizado na Universidade de Brasília, em 2018, quando estudantes indígenas denunciaram práticas discriminatórias e exigiram acolhimento diferenciado, bem como respeito às variedades de português faladas em aldeias. == Iniciativas acadêmicas == *'''Projeto ALIB''' - O [[Atlas Linguístico do Brasil]] documenta a diversidade linguística nacional, mapeando variações fonéticas, lexicais e sintáticas. Sua contribuição desconstrói mitos sobre a suposta "unidade linguística" e oferece base científica para a formulação de políticas educacionais inclusivas. *'''Projetos extensionistas''': A UFBA, com o '''Projeto Vertentes''', promove a formação de professores em Sociolinguística Educacional, desenvolve materiais didáticos inclusivos e realiza oficinas sobre diversidade linguística em escolas públicas. A UFRJ, por meio do '''Projeto PEUL''', mantém um banco de dados da fala carioca popular, conduz pesquisas sobre variação e preconceito e oferece assessoria a políticas públicas educacionais. Já a USP, através do '''Grupo GESOL''', dedica-se ao estudo do português popular paulista, à formação docente e à investigação sobre discriminação linguística no mercado de trabalho.
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